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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Nuvem

Finalmente um porto?
Finalmente um cais?
Parece conforto
Devo entrar mais?

Tão bom quanto duvidoso
Observo antes de pisar.
Ainda que receoso
Não resisto ao entrar.

Tem solo bonito

Feito algodão.
Será movediço?
Vazio, fundo, sem chão?


quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Pé atrás

Queria que você entendesse meu jeito de ser,
Coisas fáceis demais, eu não gosto de viver.

Vivo uma fase de evolução,

E alguém pra acompanhar.
Você me dando a mão ou não,
Tenho muito que explorar.

Tenho meu caminho, e toda essa fadiga no coração,

Me impede de arriscar alguma nova desilusão.

Talvez seja um defeito, meu pé atrás

Ao invés de viver inconsequentemente.
Mas meu coração sabe o que faz
E se tiver de se entregar, vai ser completamente.


Desábito

Que chato é voltar a amar e ver que perdeu a prática
Mas talvez seja indecifrável mesmo essa má temática.


Deixar acontecer tudo naturalmente
Muito diferente de quando eu era adolescente.

Tinha me esquecido como dói gostar
Já não sou tão forte pra imaturidades aturar.

O coração, não se entrega a qualquer um
Caso contrário, melhor mesmo ficar sem rumo algum.



terça-feira, 25 de agosto de 2015

NINHO

10/02/14.


Saudade de casa
Saudade da asa
Saudade da dona
Mesmo mandona.

Hora pra dormir
Hoje não vai sair
Reviveria ali
Cada hora daqui.

Descalçar o sapato
Jogando-o no quarto
E num reset olhar
Tudo de volta no lugar
Sem meu esforço muscular.

Me ensine a lição
Me atravesse dando a mão
Converse antes de brigar
Sem meu pai desconfiar.

Mas segui sozinho
Pois sabia o caminho
Me alimentei no ninho
Até voar como passarinho.