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terça-feira, 29 de março de 2016

Consecutiva inconsequência


O resultado inconsequência,
Flui do mesmo foda-se
Derivada da carência,
Abismada de amores.

É comum o inconsequente,
Com o peito apaixonado.
Sempre incoerente
De um concelho passado.

Independente da tardia adolescência
Nos jogamos com os olhos vendados.
E sem se importar com penitência,
Disso nos tornamos viciados

Pouco a pouco isso domina,
Até se ver extasiado.
Abusando na dopamina,
À consecutiva inconsequência fadado.


quinta-feira, 24 de março de 2016

farsa


Não bati mais na mesma tecla,
muito menos fiz as mesmas 
perguntas, nem respostas eu queria.
Já havia questionado inúmeras vezes 
e mesmo já sabendo as respostas,
vi somente omissão.
Um "te amo" deve ser dito com alma
somente por quem sabe o seu significado.
Que caia por terra essa farsa
imatura de brincar por vil prazer.
Meu relento é a fogueira da indiferença,
munições não são pra trocar chumbo ferindo
os sentimentos, são pra dar fim de uma vez.

quarta-feira, 23 de março de 2016

Caça

23/03/16.
Tranca o bicho
Feroz se ataca.
Rasga o lixo,
Morde, fura, mata.

Dilacera quem cruzar
Agarra e crava seu punhal.
Não gosta de entrelaço
Nem convívio social.

Na lua cheia sai à noite
Na caça da presa pro alimento
Sempre usa sua foice
Pra evitar o sofrimento.

Come cérebro, coração e olho
Do curioso a encarar
Não late, pra não assustar
Mas uiva pra em alcateia
Os pedaços compartilhar.


sábado, 19 de março de 2016

Mutação

Fui eu, sem ser eu.
Ontem um, hoje teu
amanhã se perdeu.


Na infância o mundo é leve,
ninguém te esquece.
Todo mundo é amigo,
inclusive o mendigo.


Na adolescência
é repentina a cadência,
tudo é sofrência,
O tema desta fase é carência.


Evolução, recriação,
transmutação.
Idéias, caráter, conduta,
Tudo muda, menos o coração.


O que conheceu já não o é.
O que era nem mais será.
Talvez o novo surpreenda.
Talvez o arrependimento virá.



segunda-feira, 7 de março de 2016

Minhas Estruturas


Só eu sei, como e quando vou me levantar daqui. E nem me olhe com esse olhar piedoso, pois estou aqui debaixo desses escombros, mais uma vez. Sou veterano em ressuscitar dos destroços, e saiba, que para eu ter desmoronado, os bombardeios não foram remotos , e sim repetitivos. Até por que para manter tal postura, é preciso uma fortaleza estrutural imbatível. Pena que não são feitas de ferro, e sim de meras bases ósseas humanas.


Desmatamento