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domingo, 19 de novembro de 2017

Solte-me

Não é por não sentir. Não é pelo tempo ou distância. Mas por que já gosto e tudo foi muito propício, como recíproco. Preciso que se aparte, preciso de mais disso que agora tenho. Não posso mergulhar agora, solte-me!
 
Me espere no meio, já lhe alcanço, acabei de vir de lá. Talvez até mesmo você também, só que ainda tens fôlego, eu não. Agora que minha pele secou e não sinto mais o frio, permita-me sentir um tanto o sol em meu rosto. Se quiser esperar.
 
Mas se não, também não tarde em ir, nem espere seu feromônio entranhar em meus edredons ou muito menos meu oufato ansiar você. Perdoe a cautela do automático, instinto de quem já se afogou ali, então seguremos o fôlego.
 
 

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Modo Avião

Sem saber mais como agir
As palavras brutas, saltam da boca.
E bem mais fácil que as engolir
Discute até que a voz fique rouca.

Confusão, indisciplina, confete
Não mais viver com o coração.
Mantê-lo longe de tudo que o afete
Ligá-lo no modo avião.


Dentro não podes mais ver
Pra que nem você nem eu se fira.
Em preservativos nos contorcer
Uma automática relação de mentira.

Voar, pra lonjão ir, partir, sumir
Das turbulências, Pai, livrai-me.
Sapatos sujos de tanto o baile seguir
Perdi até meu telefone, estou offline.

domingo, 20 de agosto de 2017

Me pergunto

Se isso é um sinal do amor
Ou isca pra desilusão na verdade.
Se é um novo rancor,
Ou as novas portas da liberdade.

Quando vai começar a doer,

Se vai sarar o que está ferido?
Se o amor vai renascer,
Ou somente tempo perdido.



Avanço, arrisco, aposto?
Quem sabe doses de tempo,
Saber se amo, odeio ou gosto.


É inverno talvez, me esqueça

E me largue só, no relento,
Ou traga fogueira e aqueça.

sábado, 19 de agosto de 2017

Submetido


Não me dê pouco
Quão grande é a fome.
Grito mesmo rouco
E simplesmente some.

Migalhas, restos, sobras
Isto guarde para si.
Não sou de pedir esmolas
Apenas te quis aqui.

Crio esperança naquilo que diz
Meu alimento é mais
Muito mais que o concreto.

Inerte e cego como um aprendiz
Não me trate como tais
Nem muito menos objeto.


Pôr Fim

18/08/17.


Depois de fugir, depois de cativo

É sozinho que se recomeça.

Matar a saudade é o motivo

Duma velha dor que sempre regressa.

 

Enxergo hoje o que tu tinha antes

Não era amor que lhe faltava.

Segredos, brinquedos, amantes

Em casa o seu amor eu esperava. 

 

Você sabe, a culpa é minha

Deixe-me pôr um fim

Pago estas parcelas sozinha.

 

Sangrar essa lembrança, a memória

Um tiro, um rombo em mim

Mas por fim, pôr fim nessa história.


sexta-feira, 14 de abril de 2017

Garrafa de Desapego


Se não há opção
Deixe-me partir
É a única solução
Deixe-me ir.

Se nem estás perto
Para quê retorno?
Siga o caminho reto
Não gire em torno.

Tire os troncos do rio
Deixe-o livremente fluir
Desocupe-me, deixe-me vazio
Sem âncora posso em fim partir.

Quanto temos pra gastar na carteira
Prejuízo é devolver o coração
Cabe uma penteadeira
Mas resta só gratidão.


quarta-feira, 12 de abril de 2017

Primeiramente venho saudar os leitores do Monóloguz e justificar o tempo sem postagem no blog.
Bom, meus poemas são manuscritos, e gosto de acumular alguns pra que eu possa postar em massa, além de alguns já escritos à algum tempo, terem de ser readaptados.
Como não sobrevivo da poesia, tive meu tempo livre pra escrever ocupado, além dos estudos, pois pretendo me formar em Filosofia. Também fiquei sem computador e não tive como atualizar o blog.
Não costumo escrever por escrever, gosto de inspiração, alegria, paz, e nem sempre a vida é colorida. Escrevo dor também, mas preferi esperar a boa fase pra novas postagens, gosto de fluir água doce.
A parte boa disso tudo é que a fase boa está decretada e mesmo pelo Android o Monóloguz vai ter poesia original e inédita!

sábado, 7 de janeiro de 2017

Camadas



Independente do meu estado, maioria 
de mim continuara sendo o mesmo eu 
apesar da mutação constante.
    Essa constante variação de mim 
mesmo. Descobrindo e redescobrindo-se
nestas milhares camadas, jamais 
vistas ou executadas, 
diferentemente por alguem.
    Fazendo questão, de alguma forma, 
que outra alma perceba, se unificando 
a transbordar, tocar, mudar e 
sim! Ter a livre coragem de amar.
    Uns já aprenderam a perceber essa 
tal bela presença, nova e renovável 
existência vivida por alguem. Mas sera? 
Talvez seja eu este ser a transbordar... 

Por: Jhonny Ribeiro