Translate

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

De Halfeti

Alessandro Fêrcar e Thamires Soares
Por: Rodrigo Portela.

Propósito que lhe murcha
Regarei seus pés nas manhãs
Capins e mato ao derredor
Podarei-os em foice, no punho

Não me julgue a aparência
Nem subestime meu afeto
Pois meu amor é tão raro
Quanto as rosas negras de Halfeti

Posso espetar às vezes
Como um cactos na pele
Mas hidrato seu corpo
Com o que tenho por dentro

Aproxime-se, não sou carnívoro
Só absorvo o que é líquido
Do seu corpo a suar
Transpirar, fotossintetizar.

Por: Wallace Oliveira.

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Morfar, Resistência!


Em repetição e sem contestar
Lá vem a massa de manobra.
A mão de ferro a governar
Morfar, resistência, mãos à obra.

Protesto e manifestação
Para que a outra parte entenda.
Escândalos, descobertas de corrupção
Já é tarde, não se arrependa.

Permitiram as armas
Se teme o pior.
Rompe-se as normas
Sem debate pro melhor.

Sejamos toda oposição
E que o poder não oprima.
Nesta humilde rebelião
Democracia é matéria-prima.


domingo, 9 de dezembro de 2018

Amores e Guarda-roupas


Os de antigamente, suportavam mudanças e turbulências, sem receio algum de se deteriorar. Montavam e remontavam-se em seus novos lares, se adaptando em qualquer que fosse o cômodo.
Os de antigamente, comportavam pesos e mais pesos de tudo o que era bagagem, não cediam como os de hoje em dia, pré-fabricados já com o pó da serragem, que com qualquer pressão logo desabam.


Os de antigamente, suportavam enchentes e tempestades, nada os apodrecia, nem traça ou cupim os corroía, eram fortes e lixados a mão. Amores e guarda-roupas já foram mais resistentes ao que os desgastasse, eram feitos do que era maciço. Amores, compensados e aglomerados, não são tão sólidos como os de um tempo atrás.


domingo, 2 de dezembro de 2018

Pois Vá


Pois Vá, já que mesmo eu tendo em mão a razão, tentei desemburrar a tua cara. Pois Vá, que ainda é cedo, e eu já perdi o medo, que a mim tentaste reimpor. Pois Vá, antes que eu amanheça, e logo perceba, que você já se foi. Pois Vá, pela mesma saída, que seguiu a minha vida, sem você estar. Pois Vá, depois de sua mísera tentativa, tanto perder saliva, em vãs palavras de amor. Pois Vá, que já somos bem adultos, e se os erros são mútuos, para quê continuar? Pois Vá, que eu nem insisti para vir, muito menos insistirei para ficar.


quinta-feira, 29 de novembro de 2018

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Silencie em Fumaça

A porta aberta por um instante
Ferimentos frescos da agressão. 
Atado, escravo, enconde o amante
Silencie em fumaça na escuridão.

Sem mais perseguir ou perguntar
Temperatura, calor, ar de crime.
Pelo incerto, atos por duvidar
Prisão perpétua fechado regime.

Foi preciso pra que o libertasse
Do período de observação.
Por mais que isso dilacerasse
Era uma opção de razão.

Brinquedos têm a função de alegrar
Carente de atenção, recorreu à traição.
Distraído não vá me apunhalar
Se caso eu pedir o seu perdão.




quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Não esbanje o ouro dos seus dias escutando os enfadonhos, tentando melhorar a sorte dos falhados ou abandonando a sua vida aos ignorantes, ao que é vulgar e rasteiro. São esses os objectivos mórbidos, os ideais falsos da nossa época. Viva! Viva a maravilhosa vida que há em si! Não perca nada! Busque sempre sensações novas! Não tenha medo de nada!... Um novo hedonismo - eis o que ao nosso século é preciso. O senhor poderia ser o seu símbolo visível. Com a sua personalidade nada há que não possa fazer. O mundo pertence-lhe por uma temporada... Quando eu o encontrei, vi que não tinha consciência absolutamente alguma do que realmente é, do que realmente podia ser. Dimanava de' si tamanho encanto para mim, que senti que devia dizer-lhe alguma coisa a seu respeito. Pensei que seria uma coisa terrivelmente trágica vê-lo malbaratar a sua vida. Pois a sua mocidade há-de durar tão pouco tempo - tão pouco tempo... As flores vulgares dos montes murcham, mas vicejam de novo. O codesso estará para o ano tão rútilo como agora. Dentro dum mês haverá estrelas purpúreas nas clematites, e, ano após ano, a noite verde das suas folhas será esmaltada pelas suas estrelas de púrpura. A nossa mocidade, porém, é que nunca reverdece. As pulsações da alegria que em nós palpita aos vinte anos amolentam-se e afrouxam.

Do Livro: O Retrato de Dorian Gray

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Logo Parto

Seja onde for,
No tato irei sentir.
Seco ou cheio de rancor,
A pessoa certa irá surgir.

E quando isso acontecer,
Ainda que eu negue
Antes do amanhecer
Nestas mãos estarei entregue.

Na fuga do jogo
Da velha aposta
Sou natural, assim.

Atearei fogo
Na mesa posta
Liberto, em fim.


sábado, 27 de outubro de 2018

Interno


aqui não há orgulho
muito menos barulho
nem regalo ou embrulho
dessa solidão que mergulho
nas lágrimas o debulho
só silêncio e entulho

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Amém


Por ter me feito ser obrigado a suportar toda aquela sua tardia adolescência, toda aquela juventude inconsequente, hoje que queres pousar, repousar, descanso, não estarei. Antes que haviam colhões pra aturar e purificar, toda aquela sacanagem com a minha cara, em amor. E hoje que quer o afago, o conforto de costume, infelizmente nem que eu me force, posso até cair no desejo da carne, mas logo me satisfaço e já levanto. Tanto pedi ao Pai que me livrasse do mal, que assim foi o amém.




sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Chove o Tempo

Refletindo minhas lágrimas
No telhado chove forte
Se abrindo vão as lástimas
Mas não o céu, sem sorte.

Manhãs e noites na gaveta
Brisa de alegria passageira
Enquanto na ampulheta
Escorre decepções de areia.

O céu como limite
Para aquele que não desiste
E nem é uma opção desistir.

Já que na amizade e no amor
Toda solidão eleva seu valor
Cabe-lhe apenas se permitir.

Por: Wallace Oliveira


segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Um Canto

Na onda vibracional um canto,
Com tons de alma e sentimento.
Vezes com riso, outras com pranto,
Pra trazer você, canto ao vento.

Canto pra que escute,
Independente de estar longe,
Que as notas repercute,
Em seu silêncio de monge.

Nas ondas do mar o submerja
Nas ondas do som o atrair
Se perdendo na correnteza

Como a Iara à conduzir
Sem que o pirata veja
O som do Oceano o engolir.



quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Calada |Parte 3|

3/3

Ele num boomerang com aquela, que não fodia e nem saía de cima. E eu sem dar início aos meus planos, arrastada por este amor. Contudo entendi que era para eu ir, e mais uma vez, separei minhas mobílias das dele. Nada eu podia fazer, fugiu de minhas mãos qualquer controle daquilo.

Me vi perdida de novo, mas numa luz de um amigo, tive um conselho que começou a dar resultado. Não eram truques baixos, nem arma alguma, apenas atitude pr'uma retomada de rédeas da situação. Ainda que me doesse não responder, quando me procurasse pra acolher, a escacez era necessária. Eu tinha minha vida. Ainda que pesassem as estruturas de parecer tudo bem não estando, era preciso.


Já que silenciada eu fui antes, como não pude perceber esse segredo de que calada eu deveria permanecer. Eu era dele mas muito mais minha. Infelizmente só ele me satisfazia, e muito era recíproco isso, porém eu deveria lhe negar meu calor. E me retendo em conta-gotas, foi notada minha ausência.

E o que parecia uma pequena luz de um concelho, acabara se tornando um sol. Já não era eu maior parte das vezes quem procurava, e se eu quisesse reatar, que desta vez pela última, pra não mais ir. E assim foi. Retomar meus domínios ali, era abrir aqueles olhos e fazer enxergar, que o amor que ele sentia não era por alguém, mas por algo. E esse algo eram momentos, bons, mas que passaram e agora novos viriam.


FIM.



terça-feira, 9 de outubro de 2018

Era das Trevas


Era das Trevas
Geração Egoísta
Nação da Vaidade
Em Torno, Narcisista
À si Mente a Verdade
Século do Retrocesso
Tempo de Resguardo
Lixo em Excesso
Só Princípios Guardo
Refém da Poluição
Minoria com Valores
Embaçando a Visão
Temendo Opressores.



domingo, 7 de outubro de 2018

Denso


Tão somente como o óleo, não se diluindo nem misturando. Aquele que invariavelmente unindo-se aos de sua mesma densidade, não se auto corroendo na ferrugem da vaidade.



domingo, 2 de setembro de 2018

Calada |Parte 2|

2/3


Eu poderia tirar fotos nossas e mandar pr'aquela. Numa ligação contar quem eu era. Até mesmo fazer uma surpresa no dia em que fosse visitá-la. Daí ele ficaria só mesmo e sem a quem recorrer, me chamaria então para desabafar, usar os ombros, colo e o que mais precisasse. Mas eu não seria capaz de magoar quem amo, ferir o coração de quem me fere sem propósito. Já que eu quem quis ficar, eu quem suporte!

E serei forte, uso as armas boas, não de muito pronto resultado, mas que não deixarão que pese minha consciência e abrirão eficazmente meu espaço no coração. Tenho pouco mais de um terço dele, pouco mais que um terço da casa e se aquela fosse mais significante, teria as totais porcentagens em seu domínio. Por isso tal esperança permanece acesa.

Me restam os terços, das terças às quintas, e aproveitando sua ausência do fim de semana, chamei o frete, trouxe as coisas. Nosso lar no fim era o mesmo um do outro. Muita coisa evoluiu após, mas algo ainda fedia naquela Dinamarca. Consultei o que eu ainda tinha acesso e tirei a prova dos nove. Eles reatavam, e eu atada, calada, nada podendo fazer, ainda assim era nociva, uma kryptonita ameaçadora pr'aquela relação.

CONTINUA...


sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Sem Nome Pro Que Sou

Ah se Deus nos desse opções. Se me questionasse entre morrer cedo ou viver mais e enterrar um filho, escolheria já ter partido. Mas sem nos caber escolher, o destino por si só quem dá as cartas.
Senhor coveiro tome este trocado para o lanche, mas mantenha limpo este jazigo, cuide destas flores, pois voltarei em rotina para regá-las.


Segue o curso da vida e eu tenho outros filhos. E orgulhando-me ou não, enterro este meu pedaço que um dia esteve em meu ventre.
Desmembrada, mutilada, isso sim me define, a terra come a minha paz. Que um dia já perdida no balanço de um berço ou nas adolescentes madrugadas que pra casa não voltou mais.
Em meus braços o olho abriu, em meus braços o olho fechou. E se eu quem fosse ele seria órfão, mas se é o contrário, Sem Nome Pro Que Sou.



terça-feira, 7 de agosto de 2018

Calada |Parte 1|

1/3

Ele não me mentiu. Foi honesto com toda a situação. Mas eu amei, e prevalecia ali. Ainda que todo esse amor não fosse todo meu, me sobravam alguns pedaços pra janta.

Por amor eu paguei mensalmente cada parcela de culpa. Por amor permaneci, pois meu olhar não escapava do que de fato ele precisava. Por amor supri todas as brechas que aquela deixava.


Eu era omitida, abafada, silenciada, sorrindo calada. Só amei e ali fiquei, me bastavam as palavras de esperança n'outro destino a prometer. Cria sem os pés no chão, pois finalmente dispertara algo que em mim hibernava.

Não dei ouvidos aos conselhos e apesar de boa parte de meus anos já terem se passado, além dos dele também e até menos juventude lhe cabia, não me importei com o tempo que passava. Fiquei e me prometi lutar, e à minha disposição eu tinha todos tipos de armas. Quais eu usaria?

CONTINUA...


quarta-feira, 1 de agosto de 2018

3 Anos de M o n ó l o g u z



Nudez da poesia? Tanto em pranto, quanto em conto.
Tanto a minha, quanto a dele, e logo se
identificando, também a sua. À flor dessa pele
em arrepio, tão nua, quanto crua.
Tão exposta, como entrelinhada.
Tão espiada, quanto bem explícita.
E a 3 anos esta janela prevalece aberta,
Pr'um horizonte direcionado à arte do monologar
Sem distúrbio ou loucura, já que os melhores diálogos
São consigo mesmo. E nessa arte expressa,
O que se ecoa é a simples poesia na fuga pro eterno,
Longe do tão simplesmente mundo terreno e presente.
Pr'onde o espírito flutua, leve e puro, adentrando
Portas inimagináveis, negras ou radiantes,
Apenas com os olhos. E nisto consiste a Diversidade poética daqui.
Aos trancos e barrancos, com pausas ou sequências de poesia,
Pelo computador ou Smartphone, de uma lan house ou do vizinho,
Segue o Monóloguz! Fiel ao público, sem abandono,
Imprimindo cultura, poesia, contos e alguns até eróticos,
Mas acima de tudo compartilhando toda essa
Diversidade poética original. Aqui, óbvio que pedaços de mim,
Já que flui por meus dedos em lápis ou teclado,
Mas também fragmentos do que é ser humano e sentir.




Foto Por: 3ternize / Thay


Boa leitura...


domingo, 10 de junho de 2018

A fogueira, o chá e o cachecol

Não sei se é isso que quero,
preciso de distância pra enxergar,
de tempo pra decidir. Perto demais
pra ver as diferenças, muito às
pressas pra escolher. Preciso ver o
horizonte, sentir um pouco o vento
em meu rosto, você me faz suar. já,
já é inverno e o final do outono que
o antecede já castiga, mas preciso dele
para pensar. E se não for pra ser, que
me bastem a fogueira, o chá e o cachecol.



segunda-feira, 4 de junho de 2018

Droga Velada

Foto por - @3ternize 

Droga é o açúcar
Droga é o café
Droga é o que se escuta
Droga é o que a sociedade é.

Droga é o governo e essa mídia
Droga na internet e na TV
Droga é a segurança e nossa polícia
Droga em tudo que se vê.

Droga demais legalizada, injetada
Grande quantidade, droga pesada
E todo o tipo de fanatismo.

Carga nova, droga é o preconceito
Droga é o que os presidentes têm feito
E todo o falso moralismo.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

O Valor da Alma Barata

Quanto tempo levará pr'essa mágoa caducar?

E a guerra entre gratidão e orgulho, seu silêncio e o barulho, de um perdão a estardalhar.
Um conflito das somas com os prejuízos, dos momentos e dos erros indevidos, que vieram a ecoar.

Sua alma valia o veneno e quem o lhe servisse, teria em mãos seu valor pequeno, submetido, rendido, vendido, vulnerável capacho.
Mas neguei servir-te a toxina e montei banquete de rei, com trono em meus aposentos.

Mas pela sua alma paguei o preço, maldito apreço, que não tive condições de arcar. E em parcelas de anos com juros, dividi, pro débito quitar.

Quanto tempo levará pr'essa dívida caducar?









sexta-feira, 20 de abril de 2018

Limoções

Digamos que o Monóloguz não seja filho único, desse pai Universo Inspiração. Creio que muitos outros irmãos o Monóloguz tenha, mais velhos e caçulas, já que esse pai Universo Inspiração é tão infindo quanto fecundo.
Só é uma pena que a família não seja tão grande como eu esperava, pois neste século da contemporaneidade extinguem-se boa parte dos nossos pensadores.
Meu desejo é que nas décadas posteriores possamos nos multiplicar, mas se no presente eu não posso falar de quantidade, felizmente posso falar de qualidade! E como perfeito exemplo de qualidade, nosso irmão Limoções, que inclusive admira e esse mês homenageia nosso Monóloguz.
O Limoções compartilha de um conteúdo poético e um formato filosófico bem parecido com o Monóloguz, cheio de reflexões, poesias, pensamentos e muita arte. O que faz nos sentir menos sozinhos neste século. Obrigado Irmão!

 



segunda-feira, 16 de abril de 2018

M'esgota

E é assim sempre
Do nada vem
Sem que eu me lembre
Já não quero ninguém

Leva o que tenho
Suga meu desejo
Minhas mãos contenho
Mas vai além do beijo

Depois perco a vontade
De conhecer alguém
Que vá além da amizade

M'esgota quando acordo
De forma que refém
Mas regressa se transbordo.

quarta-feira, 21 de março de 2018

Carta ao Suicídio

Depois de um suicídio já é tarde... Quantos fizeram seu papel? Não adianta o remorso do que não se foi feito pra reverter ou até do que se foi feito para ocasionar. Na verdade, quantos desfocaram do próprio umbigo para olhar pro próximo e quiçá notar alguma diferença que tenha ficado em evidência uma depressão. Às vezes nos achamos fortes o suficiente para não precisarmos do outro, ou fracos demais para cada um ser por si e se virar sozinho. Sinceramente foda-se isso quando o amor se desvai dos corações repletos de egoísmo. Quem sabe o essencial fosse tão simples que estivesse contido em gentileza ou cortesia. E ainda que crenças e religiões condenem o ato suicida, não nos pertence o malhete do juiz para julgar. Se foi fuga, coragem, fraqueza, egoísmo, já não importa mais. Se lâminas fizeram a vida escorrer, excesso de medicamento ou uma corda no pescoço, importa menos ainda. Não escrevo aqui para arrependimento ou culpa, que não levarão a lugar algum do passado, escrevo para a empatia, que sim, pode levar a algum lugar no presente que possa mudar um futuro.






terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Nessa fuga


E o que você fez? Fugiu?
Não teve forças? Se acovardou?
Deixou que escapasse das mãos
o próprio destino por uma falta
de ação e foi chorando pra casa.
Se vitimizou, e para si mesmo, pois
se quer expôs verdadeiramente o
que sentia.

Sem se pronunciar sobre, entrelinhar
ou quiçá num comentário subintender
o sentimento. Porém, se quer quis
jogar, tentar a sorte na aposta, usar
algumas cartas, não seria uma trapaça.
Até brigar também seria um manifesto
de sentimento.

Mas optou por omitir, escolheu se
proteger da suposta dor. Permitiu que
o amor que sentia decaísse como um
anjo rebelde que corrompe o coração.
Nem o mataste, nem coroaste, mas
criastes um inferno para que lá vivesse e o
arrastasse quando caísse no pecado de
amar de novo.