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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Sem Nome Pro Que Sou

Ah se Deus nos desse opções. Se me questionasse entre morrer cedo ou viver mais e enterrar um filho, escolheria já ter partido. Mas sem nos caber escolher, o destino por si só quem dá as cartas.
Senhor coveiro tome este trocado para o lanche, mas mantenha limpo este jazigo, cuide destas flores, pois voltarei em rotina para regá-las.


Segue o curso da vida e eu tenho outros filhos. E orgulhando-me ou não, enterro este meu pedaço que um dia esteve em meu ventre.
Desmembrada, mutilada, isso sim me define, a terra come a minha paz. Que um dia já perdida no balanço de um berço ou nas adolescentes madrugadas que pra casa não voltou mais.
Em meus braços o olho abriu, em meus braços o olho fechou. E se eu quem fosse ele seria órfão, mas se é o contrário, Sem Nome Pro Que Sou.



terça-feira, 7 de agosto de 2018

Calada |Parte 1|

1/3

Ele não me mentiu. Foi honesto com toda a situação. Mas eu amei, e prevalecia ali. Ainda que todo esse amor não fosse todo meu, me sobravam alguns pedaços pra janta.

Por amor eu paguei mensalmente cada parcela de culpa. Por amor permaneci, pois meu olhar não escapava do que de fato ele precisava. Por amor supri todas as brechas que aquela deixava.


Eu era omitida, abafada, silenciada, sorrindo calada. Só amei e ali fiquei, me bastavam as palavras de esperança n'outro destino a prometer. Cria sem os pés no chão, pois finalmente dispertara algo que em mim hibernava.

Não dei ouvidos aos conselhos e apesar de boa parte de meus anos já terem se passado, além dos dele também e até menos juventude lhe cabia, não me importei com o tempo que passava. Fiquei e me prometi lutar, e à minha disposição eu tinha todos tipos de armas. Quais eu usaria?

CONTINUA...


quarta-feira, 1 de agosto de 2018

3 Anos de M o n ó l o g u z



Nudez da poesia? Tanto em pranto, quanto em conto.
Tanto a minha, quanto a dele, e logo se
identificando, também a sua. À flor dessa pele
em arrepio, tão nua, quanto crua.
Tão exposta, como entrelinhada.
Tão espiada, quanto bem explícita.
E a 3 anos esta janela prevalece aberta,
Pr'um horizonte direcionado à arte do monologar
Sem distúrbio ou loucura, já que os melhores diálogos
São consigo mesmo. E nessa arte expressa,
O que se ecoa é a simples poesia na fuga pro eterno,
Longe do tão simplesmente mundo terreno e presente.
Pr'onde o espírito flutua, leve e puro, adentrando
Portas inimagináveis, negras ou radiantes,
Apenas com os olhos. E nisto consiste a Diversidade poética daqui.
Aos trancos e barrancos, com pausas ou sequências de poesia,
Pelo computador ou Smartphone, de uma lan house ou do vizinho,
Segue o Monóloguz! Fiel ao público, sem abandono,
Imprimindo cultura, poesia, contos e alguns até eróticos,
Mas acima de tudo compartilhando toda essa
Diversidade poética original. Aqui, óbvio que pedaços de mim,
Já que flui por meus dedos em lápis ou teclado,
Mas também fragmentos do que é ser humano e sentir.




Foto Por: 3ternize / Thay


Boa leitura...