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terça-feira, 31 de agosto de 2021

Grato

 Quero me lembrar do que fizeram por mim e me esquecer do que fiz por alguém. Não faço por gratificação nenhum bem feito, meu atos não são remunerados. A não ser pela gratidão, sem pretensão, jamais cobrada, inesperada, nem sempre lembrada. Apesar de gratidão não ser obrigação, ela nem sempre está no coração, não podemos esperar a reciprocidade. E muito legal isso de precisar e poder contar, independentemente do que se possa oferecer. Mas se na posteridade, não houver gratidão no coração, pode embrulhar a embalagem e jogar fora, não serve, não presta, é peso de papel, não herda céu. E que não nos surpreenda tal vazio n'alguns humanos, nem corroam nosso atos os esquecimentos, nem deixemos nós de esperar algo bom, sem generalizar todos. Pois o tolo favorece os patacudos esperando gorjeta, mas o sábio favorece o que carece esperando colheita.


segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Desancorar


O cômodo acomoda até incomodar 

Aquele que o agora procrastinar 

Pois quem espera vento para para sair do lugar 

Ao menos asteia vela e vai desancorar 

De barco ou de canoa, mas no mínimo remar 

Raso é zona de conforto para se nadar 

Mas para conquistar, tem que marear.



sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Para Não Cortar, a Gente Estreita...

 Para não cortar, a gente estreita. Às vezes cabe se afastar na sutileza. Más influências não são nocivas só na adolescência, e não se precisa ter a mente fraca para absorver maus exemplos.


quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Engrenagem de Relógio

Não posso eu, frear a velocidade de uma juventude, nem aguentar o impacto dela. As estruturas do meu sentimento, são feitas de engrenagem de relógio e só o tempo pode dizer se suporto a espera. A vida é curta, ela é um sopro, e se não fores ventania, nem passe em minha janela. Bata suas asas, solte mais penas, mas não sei se a pena valerá, o aguardo do seu retorno. Será que vou estar quando aterrissar? Será que vou me permitir esperar? Será que vou querer te ver chegar? Será que terei a boa vontade de lhe anfitriar?


sábado, 21 de agosto de 2021

Mau Agouro


Querem a magia para derrubar,
Pouco é o uso para cura.
Boa parte quer ferir, destroçar,
Corações esses, cheios de amargura.

Por ódio ou vingança conduzidos,
Ou por não ter o que querem.
De nenhum pecado remidos,
Podem até atingir, mas à si também ferem.

Todo mau agouro,
Palavra leva, palavra traz,
Volta até a praga.

Volta pro couro,
E o mal que se faz,
É o mesmo que se paga.



quinta-feira, 12 de agosto de 2021

pobreza

Humildade e simplicidade não remetem à pobreza, muito pelo contrário, soberba e arrogância que remetem à pobreza, e espiritual. Pois mais que a beleza física, emana a beleza da energia.

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

4

 Tecnologia por aqui nunca foi o forte. Não tenho um celular de última geração (ainda), Meu desktop não é dos melhores (por enquanto), a verba para produção de conteúdo anda curta (até começarem os patrocínios), inclusive maior parte das vezes que houve pausa nas publicações, o motivo foi suporte. Porém o que nunca pausou por aqui, foi a inspiração, já que para essa conexão com o universo nunca precisou de tecnologia ou verba, somente papel e caneta. E ainda que haja algum silêncio nas redes, a alma estará gritando e se transladando em palavra, pois a todo tempo eu escrevo. Com a matéria-prima resiliência, sou apenas antena de recepção e emissão, usando as ferramentas possíveis ao meu alcance, já que, modéstia parte, os maiores pensadores e artistas da existência usavam o que tinham, sem a tecnologia moderna à seu favor, e isso não os impedia de criar os conteúdos que ecoam por milênios até atualmente. Ter ou não tecnologia, não importa tanto, quando eu tenho afeto, fidelidade e o prazer na arte de escrever, sendo remunerado ou não. O que importa mesmo, é cada alma que tenho a possibilidade de tocar, seja de quem chega e fica ou está só de passagem. Esse texto é um tanto tardio, pois esperei a estabilidade do número, mas já ultrapassamos os 4k de seguidores semideuses. E à todos vocês vai meu agradecimento. Gratidão à cada um que tem permitido tal arte em seu feed.

Obrigado por ser parte disso!

@POETTEUS


domingo, 1 de agosto de 2021

6


São seis anos. Não são seis dias, seis semanas, nem seis meses, são seis anos. Mais de meia década. E falo isso abismado, já que minhas formas de observar a vida, faziam sentido para outras vidas também. Devaneios, filosofias, desabafos no papel, criaram forças a ponto de jorrarem por si só, sem parar, até hoje, como uma fenda numa represa, vazando, ganhando força com cada espelho que lia e se refletia.
Ainda que antes desse para contar nos dedos os leitores(já que todos os escritos não saiam da gaveta e só alguns amigos tinham acesso), e hoje em dia eles serem centenas, claro que me surpreende o número, mas mais ainda a proporção do carinho, que se foi tomando, me importando muito mais com a qualidade do que com a quantidade, referindo-me não ao conteúdo, mas à cada alma que é tocada pela arte e devolve o toque ao artista. Um pagamento que substitui qualquer quantia em dinheiro, é o afeto.
Inclusive graças ao afeto, tudo aqui é criado, é essa ligação com o meu próximo que deve me trazer a empatia para escrever e a identificação do leitor com o texto. Ainda que as publicações não tenham uma programação horária de postagem, sempre soube dar as vírgulas necessárias mas nunca consenti com nenhum ponto final. Tivemos algumas pausas nesses seis anos, umas longas, outras curtas, por motivos de ferramentas, por motivos pessoais, a poesia me dando lucro ou não, mas por aqui ela nunca parou. Mesmo que algumas prioridades da vida exigissem mais do que as paixões, e o tempo e a dedicação sempre tivesse de ser dividido racionadamente, escrever e compartilhar nunca perdeu o seu espaço.
É a obrigação do artista, repassar o que o universo diz, uma missão, e ele inicia uma morte lenta se parar a arte. Não é fácil fazer da arte o ganha pão, é uma luta intermitente, e só guerreiro não para no meio do caminho, mantém a fé. Escrevo aqui, não aos 6 anos de conteúdo, mas aos seis anos de afeto até aqui. Obrigado aos irmãos que fiz no caminho, obrigado a quem somou desde a caneta, obrigado aos artistas que participaram disso somando com a própria arte, obrigado à quem inspirei e motivei, obrigado à essa família que é a poesia e o que ela tem proporcionado, obrigado.