se o fogo da língua não ascende
o gelo do meu silêncio apaga
DIVERSIDADE POÉTICA AUTORAL - 6 anos
excesso de jogos nas relações
exigem fichas emocionais
apostas de sentimentos
prejudicando a conexão
natural da conquista
robotizando o coração
desorganizando o orgânico
transformando num sistema
Eu não estou isento de cometer erros e se em mim foi projetada uma imagem imaculada, tal conceito não sou capaz de sustentar e infelizmente pré-notifico uma decepção. Mas posso garantir, honestidade e transparência, quiça até esta minha penitência, de sem a mente, deixar a alma sozinha falar.
fez o que fez
pra me chamar de vilão
fez por insensatez
não fez de coração
perdeu a vez
por pretensão
uma estupidez
no calor da emoção
entre estar certo e amar
escolheu a razão
seu vil conforto
prefere apontar
culpa por diversão
chuta cachorro morto
Os católicos pararam de queimar quem não adotasse ou fosse contra as suas dogmas. Mas a inquisição continua. Resquícios de suas políticas macabras predominam nas ramificações que o tempo criou do cristianismo. Leis de intolerância religiosa foram criadas, homofobia é crime, racismo dá cadeia e a mulher tem conquistado seus direitos. Amor ao próximo ensinado(Mateus 22:39), onde o próximo nem tem sido respeitado.
Deus adverte sobre os julgamentos(Mateus 7), e já livrou até a prostituta do apedrejamento(João 8:11). E se as línguas também são como o fogo, capazes de incendiar uma floresta(Tiago 3:6), quem dirá culturas...´
Continuam incendiando com a língua, no receio do que fira suas maiorias espalhadas pelos cantos do mundo. Quando as porradas nas minorias, só as incham, fazendo o que poderia ser um jogo justo, ser um jogo sujo, e mesmo assim, como o feitiço vira contra o feiticeiro, as maldições voltam aos fariseus, pois o que é de César tem de ser dado(Mateus 22:21). E se "o povo de Deus" será perseguido (Mateus 5:10-12), por que "o povo de Deus" antigamente e atualmente é quem persegue? Será que é porque os perseguidores não são "o povo de Deus"?
Uma vez disseram que meu poema tinha mais eu do que poesia. Então, me despi de mim me vestindo de sentimento. Voei, Voei, e por onde eu fui, sendo somente poesia, me vi. Retornei ao solo, me despindo da poesia, me vestindo de mim. Pois quando eu sou eu, vejo poesia e quando sou poesia, me vejo. Eu estava nela e ela em mim, eramos a mesma matéria. E de tanto vestir e despir, eu já não sabia mais qual era minha roupa, dava no mesmo, tudo era a mesma coisa, os mesmos retalhos de uma só colcha. Tapei os ouvidos e parei de escrever com base em vãs opiniões, só pro universo abri meus portões, que me deu as conclusões, de que pelo caminho apontando pra mim, haverá mais dedos que olhar.
Nessa publicação, quero compartilhar um presente que ganhei da fotógrafa Ana Vieira, onde fui convidado à conhecer uma exposição maravilhosa no Museu do Amanhã, localizado na Praça Mauá, Centro do rio de janeiro. A exposição Fruturos - Tempos Amazônicos, traz a diversidade da riqueza florestal amazônica e a conscientização do que ainda temos dela, que dividida nos setores: tempos amazônicos; amazônia milenar; amazônia secular; amazônia acelerada; #somosamazonia e amazônias possíveis.
Contudo, a conclusão é a de que tal riqueza acrescenta de forma essencial à nossa economia nacional(já que boa parte desta floresta está no Brasil), mas como o ser humano é ganancioso, sua ambição não se contenta com a suficiência que a mãe natureza dá e a afobação não tem permitido a paciência de colher os frutos dela, e de forma que a curto prazo, eles têm extraído de forma ilegal e nociva em curto prazo esses bens.
Pudera eu ter um melhor dispositivo com bastante memória e qualidade de resolução para trazer um melhor material desta experiência fascinante que absorvi, mas é singelamente de coração que trago essa conexão com o que é sagrado e tem sido deturpado pelo homem por todos esses anos. Espero que sintam a energia que pude captar dessa exposição magnifica que já está nos 45 do 2° tempo e se encerra no dia 12/06.
Nota da Fotógrafa:
Registrar esse momento é ter a possibilidade de conduzir e construir uma experiência também em conjunto, pois todo conhecimento é cultura e precisa ser cultivada, assim como a consciência de que não é à toa que ensinamos aos nossos filhos a grandiosidade e a importância da "Mãe Natureza", preservando-a e respeitando os ensinamentos dos povos originários, que são de fato a essência Brasileira, os chamados Silva (assim como eu) que tem origem na palavra "Selva", você sabia? Pois assim os invasores "descobridores/colonizadores" passaram a identificar os verdadeiros moradores e donos das terras daqui.
O índio guerreiro e genuíno sul-americano virou assim apenas um "selvagem", que até hoje estão distantes culturalmente da "nação" que o Brasil se transformou.
Por fim, queria eu não precisar usar tantas aspas, mas infelizmente ainda creio que não sabemos da nossa verdadeira história e com quem devemos aprender e desenvolver a sabedoria necessária para cuidar das nossas riquezas.
Trabalhos como essa exposição e tantas outras são como janelas de conhecimento, que nos permitem a reconexão com a essência do nosso país que merece ser transmitido e exibido em toda parte para que mais novos brasileiros conheçam o Brasil original, que existe muito antes de assim ser nomeado também.
- Ana Vieira -
Graças à culpa, nos permitimos observar o que precisa de melhoria. Só olhando pras nossas ações, podemos mudar as nossas marchas, quando é subida, quando é descida e quando é ré. Pois recuar quando necessário também é uma ação, e às vezes uma boa estratégia em avenidas onde já se correu demais. Não é sobre se lastimar, martirizar ou condenar, é abrir um campo de visão, que permite antes de mudar o mundo, mudar à si. Não tem como sabermos o que é acerto, sem antes errar, nem o que é erro, sem acertar. Mas olhamos tanto pro outro, que tentamos mudá-lo ou impor nossas verdades, e esquecemos muita das vezes, de mudar a nós mesmos. Já que somente pelo retrovisor da própria consciência, enxergamos nós mesmos nossas inflações, e não por acusações dos pardais, que fiscalizam o que é bondade ou não, multando o próximo. Essa sim é a forma de criar uma onda significativa, que ao invés da crítica, a educação se firma no bom exemplo.
mãe nem sempre amamenta
mas toda dor ela aguenta
desde o romper da placenta
até quando pro mundo o filho vai
de tal missão não se isenta
nem nas horas de tormenta
é quem os medos afugenta
quando a noite cai
seja de sangue ou adoção
chia a panela de pressão
que nem sempre cozinha só feijão
assim como mãe também sabe ser pai
só dar a luz não nomeia mãe não
mãe mesmo gera no coração
a mais importante gestação
de onde o filho verdadeiramente sai
Dizem que sete é o número da perfeição, só é uma pena eu não ser, e pudera ao menos parecer. Mas imperfeito ou não, até aqui eu cheguei, firme sempre, forte às vezes. Nem um pouco politicamente correto e não me surpreenderia qualquer dia um cancelamento por alguma fala ou ação. Já dizia Pitty "Eu sou uma contradição e foge da minha mão fazer com que tudo que eu digo faça algum sentido...", e é o que eu sou, uma contradição de constante mudança desde que eu nasci.
Sou um bissexual cristão, um conservador depravado, um intelectual rebelde, um romântico safado, um gentleman favelado, o bom exemplo das ovelhas negras... Eu nunca tive um polo, "me ser" nunca foi um polo. Só o que sei é de onde eu venho e para onde eu vou, e o que mear isso, desconheço. Eu já queria falar sobre esse assunto "perfeição", e o número 7 foi a deixa para esclarecer algumas coisas sobre a personalidade de quem vos escreve aqui, e antes de qualquer outra projeção criada dessa imagem de quem aqui posta, quero desfragmentar toda a alusão do que sou.
Sou suburbano da avenida suburbana, na zona morte do hell de janeiro, cidade maravilhosamente caótica. Nem sempre pago as passagens dos transportes públicos e dessa forma reavejo alguns trocados que me foram me roubados pelo governo. Às vezes eu picho algumas paredes com poesia, acho que tenho que compensar as siglas de facção criminosa já pichadas. Sou de bater boca com quem expõe naturalmente um pensamento preconceituoso e quadrado. Nem sempre eu sou um doce ou receptivamente bem humorado...
E poderia eu aqui estar cavando a cova social do belo semideus que não ressuscitaria, como o verdadeiro Deus que veio à uns dois mil anos atrás em forma humana e assim fez, ou quem sabe, abrindo as portas do cancelamento e desmoronando toda a estrutura e caracterização de minha imagem aqui construída. Porém o 7 pra mim, não significa somente a simbologia da perfeição, como afirmou Pitágoras por volta de 500 a.c., mas também um portal de passagem do conhecido para o desconhecido. E é com toda honestidade que clamo o 8, mas jamais com maquiagens e mentiras, como costuma-se ver nas mídias sociais dos influencers consagrados. Pois eu mesmo, não passo de um mero mortal humano, que de sagrado não tem o sangue, mas sim o suor que tenho derramado pra levar minha diversidade poética e reflexiva nessa rede que vem sendo corrompida com egoísmos e futilidades.
Gratidão aos 7k, que têm até aqui permitido tal arte passar por seu feed, alcançando a admiração e o toque em almas. Obrigracias!
O jogo do sexo é fácil. Consiste só em querer, ocultando o que se quer dando apenas o entender, sem demonstrar a sede, usando a dualidade e o desafio pra chegar onde quer. Mas o jogo do amor é complexo. Não tem meio termo, nem deixa dúvidas. Ou perde, ou ganha, não tem muita estratégia ou subintenção, pede clareza, verbalização, decisão, declaração. Mas o que nem todo mundo entende, é que nenhum dos jogos são ilegais. Não é errado jogar, errado é trapacear e jogar sujo. Pois só quem aprendeu perdendo, sabe o que é um jogo e tem a escolha de apostar ou não, entendendo que é mais lícito arriscar alguma carta, antes de só ir chorando pra casa e compor mais uma poesia triste. Jogos aguçam a experiência, rendem texto e enriquecem o poema, a questão somente é jogar limpo e saber também perder. Então começa-se a entender, que a carta da escassez é maior que a carta da culpa, que a técnica das flores atrai as borboletas, que o desapego também gera valor, que friendzone também existe, que afeto demais sufoca, que silêncio é resposta e que vence o jogo quem joga com o naipe de "copas" e não com o de "paus".
não olhe com dó
para quem esteja só
se for solidão
é por que precisa ou merece
se for solitude
se enturmar causará estresse