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domingo, 20 de agosto de 2017

Me pergunto

Se isso é um sinal do amor
Ou isca pra desilusão na verdade.
Se é um novo rancor,
Ou as novas portas da liberdade.

Quando vai começar a doer,

Se vai sarar o que está ferido?
Se o amor vai renascer,
Ou somente tempo perdido.



Avanço, arrisco, aposto?
Quem sabe doses de tempo,
Saber se amo, odeio ou gosto.


É inverno talvez, me esqueça

E me largue só, no relento,
Ou traga fogueira e aqueça.

sábado, 19 de agosto de 2017

Submetido


Não me dê pouco
Quão grande é a fome.
Grito mesmo rouco
E simplesmente some.

Migalhas, restos, sobras
Isto guarde para si.
Não sou de pedir esmolas
Apenas te quis aqui.

Crio esperança naquilo que diz
Meu alimento é mais
Muito mais que o concreto.

Inerte e cego como um aprendiz
Não me trate como tais
Nem muito menos objeto.


Pôr Fim

18/08/17.


Depois de fugir, depois de cativo

É sozinho que se recomeça.

Matar a saudade é o motivo

Duma velha dor que sempre regressa.

 

Enxergo hoje o que tu tinha antes

Não era amor que lhe faltava.

Segredos, brinquedos, amantes

Em casa o seu amor eu esperava. 

 

Você sabe, a culpa é minha

Deixe-me pôr um fim

Pago estas parcelas sozinha.

 

Sangrar essa lembrança, a memória

Um tiro, um rombo em mim

Mas por fim, pôr fim nessa história.