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terça-feira, 17 de novembro de 2015

Captemos Capitães

24/04/15.
Se eu pudesse pausar o tempo, congelaria a melhor face de minhas décadas, petrificaria a melhor alto-estima pro resto dos meus dias. Narcisismo, talvez, mas nada mais saciável que meu olhar encontrando o meu.

Amor próprio, confesso que ainda não, mas orgulho de si. Mesmo dizendo errei, paralelamente digo também, cheguei. Meu reflexo altivo mostrando-me a tranquilidade, fixando uma postura madura. Somente membrana do que ainda é neném.

Fortaleza, soberania e imposição, expostas para aquele olhar de reprovação que se manifesta pra destroçar. Cabe sim, inferiorizar e apoucar o que já tem sido baixo e relutante em te tornar do mesmo tamanho.

Reflexo, imagem, figura. Uma nova janela em sua natalidade infinita, assassina do subordinado imperfeito. Início de rédias em mãos, volante e remotamente um controle que troque o canal dessas antenas infantis.

Capitemos capitães! Todos a bordo desta loucura amadurecer? Tomem seus coletes, homens ao mar! Pois é individual a chegada na terra à vista.


sábado, 14 de novembro de 2015

ORGÂNICO


Crescendo aos poucos,
Vou assim fixando minhas raízes
Na solidez da equivalência.
Pra que nem tapas, nem socos,
Me abram cicatrizes,
Levando minha criança à falência.


terça-feira, 3 de novembro de 2015

terça-feira, 27 de outubro de 2015

De volta aqui

Seu eu estivesse aqui, sentava com essa tia,
corria com a criancinha, não muitos copos beberia.
Seu eu estivesse aqui, puxava assunto com o avô,
teria até paciência pra ensinar à criança ioiô.

Recordaria o passado, lembraria o batom borrado
e tudo que eu tinha aprontado, com essa tia do meu lado.
Atentaria a todos, pra só os bens absorver e extrair,
de nada falaria mal, deixando só os bons pensamentos fluir.

Relaxaria sentindo essa brisa leve,
Numa vibe positiva que me carregue,
Prum mundo onde tudo me é útil e serve.

Aqui não estou, visão me falta,
as sobrecargas me tiram do assunto em pauta.
Como aqui ancorar perante a maré alta?


sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Quando eu morrer

Quando eu morrer
Por mais que venha me doer
E eu tenha que gemer
Espero que o fim não venha surpreender.
Pois antes quero me arrepender
Subir e a Deus ver
Não descer.

Quando eu morrer

Não quero tristeza nem sofrer
E sim que façam chover
Lagrimas de lembranças pelo meu feliz viver.
Mas que minha morte venha ser
Mais um motivo pra seguir e vencer.

Quando um dia eu for

Que meu objetos energizados de amor
Quero que cuidem com o mesmo valor.
Pois já que não os posso levar
Que boas recordações deem quando desempoeirar.

Quando um dia eu for

Espero não deixar rancor
Espero que saibam perdoar.
Sei que nunca fui um bom cantor
Mas que herdem meu dom de emanar
E os males e dor, cantar até espantar

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Apenas amar


Eu só queria amar,
Depois de tantas feridas,
Tantas lágrimas perdidas.

Alguém pra dar a mão,

Levar até o portão,
Roubar um beijo de supetão.

Eu só queria amar,

Alguém que não fosse machucar
E reciprocamente se doar,
Pra alguém que se perdera em seu olhar

Que eu pudesse compartilhar

Meus medos e defeitos,
Meus lados imperfeitos.
Qualquer hora ligar e me encontrar
Sem desculpas ou pretextos.

Eu só queria amar

Independente das barreiras
Pois sei que de diversas maneiras
Irão se levantar.

Amar o encaixe do beijo,

O sorriso e o trejeito,
Inclusive quando deita no meu peito.

Eu só queria amar,

Alguém puro de coração.
Despido da ambição,
Do capricho e coleção,
Por mais um sangrar.

Que digno seja, de do meu lado estar

E não venha o sentimento pisotear
De alguém que só o que quis, foi amar.


segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Nuvem

Finalmente um porto?
Finalmente um cais?
Parece conforto
Devo entrar mais?

Tão bom quanto duvidoso
Observo antes de pisar.
Ainda que receoso
Não resisto ao entrar.

Tem solo bonito

Feito algodão.
Será movediço?
Vazio, fundo, sem chão?


quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Pé atrás

Queria que você entendesse meu jeito de ser,
Coisas fáceis demais, eu não gosto de viver.

Vivo uma fase de evolução,

E alguém pra acompanhar.
Você me dando a mão ou não,
Tenho muito que explorar.

Tenho meu caminho, e toda essa fadiga no coração,

Me impede de arriscar alguma nova desilusão.

Talvez seja um defeito, meu pé atrás

Ao invés de viver inconsequentemente.
Mas meu coração sabe o que faz
E se tiver de se entregar, vai ser completamente.


Desábito

Que chato é voltar a amar e ver que perdeu a prática
Mas talvez seja indecifrável mesmo essa má temática.


Deixar acontecer tudo naturalmente
Muito diferente de quando eu era adolescente.

Tinha me esquecido como dói gostar
Já não sou tão forte pra imaturidades aturar.

O coração, não se entrega a qualquer um
Caso contrário, melhor mesmo ficar sem rumo algum.



terça-feira, 25 de agosto de 2015

NINHO

10/02/14.


Saudade de casa
Saudade da asa
Saudade da dona
Mesmo mandona.

Hora pra dormir
Hoje não vai sair
Reviveria ali
Cada hora daqui.

Descalçar o sapato
Jogando-o no quarto
E num reset olhar
Tudo de volta no lugar
Sem meu esforço muscular.

Me ensine a lição
Me atravesse dando a mão
Converse antes de brigar
Sem meu pai desconfiar.

Mas segui sozinho
Pois sabia o caminho
Me alimentei no ninho
Até voar como passarinho.