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terça-feira, 22 de novembro de 2022

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

maré



aquele que não sabe nadar

te puxa com a corrente

consigo vai te afogar

na maré alta do que sente


maturidade pra mergulhar

num mar de desilusão

e não vale se castigar

por entregar o coração


não estrague

não sufoque

deixe respirar


só afague

não afogue

aprenda a nadar


sábado, 5 de novembro de 2022

segunda-feira, 31 de outubro de 2022

lua nova

 

fim da lua nova

começo de um novo dia

onde o Brasil posto à prova

com resistência respondia


dia em que o facismo perdeu

e brasileiro se unia

católico, bruxa e ateu

todos pela democracia


venceu a voz do povo

heroico e de brado retumbante

que não é nenhum filho da puta


lua nova do dia novo

brilhou no céu da pátria nesse instante

pra mostrar que um filho teu não foge à luta


terça-feira, 27 de setembro de 2022

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

sábado, 24 de setembro de 2022

dos mortos

 Sempre tentarão, e em muitos dos casos até conseguirão matar o amor. E assim como foi com Deus no passado, também tem sido em nossos corações hoje em dia. Mas os que tentam contra o amor, esquecem que ele pode ressurgir dos mortos e eles não.


quarta-feira, 21 de setembro de 2022

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

conosco


 nem sempre são conosco

como queremos que sejam

mas podemos ser

como queremos

que fossem conosco


domingo, 4 de setembro de 2022

sábado, 27 de agosto de 2022

mantos


Fotos por: @3ternize

poetas não são santos

mas querem me canonizar

não me escondo nesses mantos

de perfeição a se zelar


se sou romântico ou puritano

na necessidade de julgar

se cancela ou passa pano

me culpando pelo que projetar


sou de verdade

e seria muito irônico

me resumir pra encaixar


vivo na realidade

sem culpa pelo platônico

da expectativa que se criar


quarta-feira, 17 de agosto de 2022

giletes e boletos

velada depressão

desencadeia compulsão

comprar pra não se matar

depois se matar pra pagar


ciclo vicioso de débito

os concelhos eu não ouço

mais limite no meu crédito

dói mesmo é no bolso


entre giletes e boletos

gastar é meu impulso

possuir para viver


entre dívidas e sonetos

me economiza o pulso

a satisfação de ter


sai de cima


se não fode ama, sai de cima

se não entra, sai da porta

eu que já perdi o clima

e mais nada me importa


nada contra romancinhos

mas exigem demais paciência

não tenho idade pra joguinhos

de verdade ou consequência


ou é, ou não é

vai somar na minha vida

ou ser mais uma decepção


ou fica, ou mete o pé

que amor não enche barriga

nem sexo enche coração


sexta-feira, 12 de agosto de 2022

7 anos

 Bendita a hora em que decidi sair do armário! E não, não é sobre assumir minha sexualidade, isso eu fiz com 15 anos de idade pro meu pai, antes mesmo da minha mãe saber. Mas me refiro a sair do armário com relação aos meus pensamentos, sobre assumir meus sentimentos à 7 anos atrás, em agosto de 2015. Assumir meus monólogos publicamente, levar minhas questões e modo de ver tudo do meu interior pra outra pessoa, foi e é libertador, um divisor de águas na minha vida.

 Não falo aqui dos meus 7 anos escrevendo, como se eu tivesse vencido ou zerado a vida, mas falo com referência à plenitude e felicidade que sinto em compartilhar minha essência e expressar a entidade poética todo esse tempo, além da gratidão que é inenarrável. E lembro que em 2013 tive a coragem de mostrar pra uma amiga no ensino médio(que por sinal não esta mais entre nós, saudosa Beatriz), que logo se viu no que eu havia escrito no poema. Aquilo então me deu fôlego para reunir, editar, reescrever e produzir novos textos, para que eu pudesse ter algum conteúdo para expor.

 Mais tarde, entendi que a motivação não era sobre ter a validação de outra pessoa, mas sobre poder tocar outra alma e empatizar com ela. Então achei que poderia alcançar mais pessoas e levar pra elas a mesma sensação libertadora de saber que os sentimentos não são singulares. Nessa época não se falava de poesia ou qualquer forma de literatura entre os jovens da minha idade, nem muito menos se abordava sobre na mídia, além de blog ter sido esquecido em 2009 pela internet, já que tínhamos o estouro das redes sociais.

 Mas decidi investir mesmo assim nas publicações dos meus escritos, afinal eu precisava organizá-los além do papel e caneta. Desde então, publico aqui fielmente desde os meus 20 anos. Já pensei por diversas vezes em parar, mas o amor pela escrita não me deixa frear esse impulso por escrever sem necessariamente um fim lucrativo(inclusive atualmente estou nessa meta para que se torne um). Pois expressar o que eu sinto escrevendo, é o que eu sou e reflexões sobre amor e resiliência são minha matéria favorita.

 Poesia como um imã sempre me sugando de volta, nas diversas áreas da minha vida, ligou caminhos que eu jamais poderia imaginar cruzar, proporcionando um leque de ciclos que tem ecoado e laços que tem fortalecido minhas asas. Hoje produzo todo tipo de conteúdo, mas não paro com a diversidade poética autoral do Monóloguz, ainda mais numa era em que o blogueiro tem sido um pouco mais valorizado e o escritor independente tido seu espaço na rede. E se Deus permitir, em breve na sua mesa de cabeceira. Gratidão pelo afeto!


terça-feira, 2 de agosto de 2022

vacina 3.0

 Em fim tomei minha terceira dose da vacina contra o covid-19. Graças ao SUS(Sistema Único de Saúde), temos vacinas suficientes para toda a população, como é direito de todo cidadão brasileiro. E boa parte do nosso dinheiro está investido nisso, não da forma como deveria, mas nossos impostos custeiam a saúde pública e os demais sistemas.

 E como é de lei eu produzir um texto ideológico a respeito, sinto que neste eu deveria falar sobre o que parece estar vindo por aí. Mal saímos da pandemia de um vírus, que por sinal ainda não se extirpou, e já temos uma nova doença, que atualmente atinge aproximadamente cinco mil pessoas no mundo. A varíola dos macacos, provocada pelo monkeypox vírus, é uma zoonose e não é uma doença nova, foi descoberta por volta de 1958 nos macacos e infectou humanos por volta de 1970, mas até então só era comum em alguns países.

 Até que em maio, nos deparamos com um surto internacional, declarado pela OMF(Organização Mundial da Saúde), uma emergência de saúde pública. É uma zoonose viral, ou seja, pode ser transmitida de animais para seres humanos e também se propaga entre as pessoas. A transmissão desse vírus, ocorre comumente pelo contato físico, e os sintomas são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, fraqueza, gânglios linfáticos inchados e erupção ou lesões cutâneas, durando entre duas e quatro semanas.

 Então eu me pergunto, o que será do brasileiro, se o governo do nosso país continuar seguindo pela direção que tem trilhado? Será que teremos suporte pra mais um surto, que tem a probabilidade de se estender pelo brasil?

Informações sobre a doença coletadas de brasil.un.org/pt-br 


quinta-feira, 14 de julho de 2022

enquadro


Ensaio por: @3ternize

 Siga, admire e tenha como referência, mas se prefira sempre. Nesse mundo de aparência, se não se amar, nem entre.

 O que mais se vê, é ostentação e felicidade, quando boa parte disso nem é real. que tudo flui também na verdade, sem necessariamente postar na rede-social.

 Mais que mostrar, é sentir, estando on ou off. Felicidade num mínimo detalhe pode residir, nem sempre no livro inteiro, às vezes só numa estrofe.

 Molde que obriga a se enquadrar, nem sempre faz bem pra mente. Espaço que te força a se encaixar, é uma prisão literalmente.

 Não é justo e é uma loucura expor mais do que a vivência. Ter que estampar que é feliz a qualquer custo, não é estilo de vida, é doença.


sábado, 2 de julho de 2022

sabote

 Eles sabem que sua fraqueza está em duvidar de seus próprios poderes como semideus e só assim podem afastar o que soa como uma ameaça. Eles sabem que mais que te sabotar, é fazer você mesmo se sabotar, e dessa forma o cavalo de troia nem precisa entrar pelos portões, mas se forma dentro das muralhas.


tolo


 tolo não é o que fácil se apaixona

mas o que na frieza se aprisiona


raso


 quando relações muito

profundas afogam

prefira o raso


sexta-feira, 1 de julho de 2022

vestir-se


 vestir-se bem

nunca foi sobre

ter condições

e sim estilo


ira do favelado




 Hoje a morte tá aqui
Bem popular no Brasil

Os Bebel que tá aqui
Só fala de glock e fuzil
Você se choca daí
Nem é primeiro de abril
Pobre morre de verdade da miséria você riu
Já cansei de pegar leve mas não sou nenhuma otária
respeita minhas origens
Jacaré não quer mais bala
Falo a língua da favela
Favela minha língua fala
Fé na glock
Fé em Deus
E nas criança aqui da área
Por aqui a bala come
Mata gente diariamente
Ela nunca passa fome
Se alimenta de inocente
O justo morre de fome
Culpa do SEU presidente.

Foto e texto por: @3ternize

quinta-feira, 30 de junho de 2022

furo de bala



quanto vale uma vida?
será que vale tão pouco,
cabendo num buraco de bala?
ou está todo mundo louco
e não se pode fazer mais nada?

Verso por: Jaque Alenncar
Foto por: Thay @3ternize

sábado, 18 de junho de 2022

gelo


se o fogo da língua não ascende

o gelo do meu silêncio apaga


sal


só vai te dar o sal

quem comer do que

você vai temperar


contra-indicação

excesso de jogos na relação

exige fichas emocionais

apostas de sentimentos

prejudicando a conexão

natural da conquista

robotizando o coração

desorganizando o orgânico

transformando num sistema

completamente mecânico


sexta-feira, 17 de junho de 2022

vidro fumê

Eu não estou isento de cometer erros e se em mim foi projetada uma imagem imaculada, tal conceito não sou capaz de sustentar e infelizmente pré-notifico uma decepção. Mas posso garantir, honestidade e transparência, quiça até essa minha penitência, de sem a crítica consciência, deixar a alma sozinha falar.


cachorro morto

 fez o que fez

pra me chamar de vilão

fez por insensatez

não fez de coração


perdeu a vez

por pretensão

uma estupidez

no calor da emoção


entre estar certo e amar

escolheu a razão

seu vil conforto


prefere apontar

culpa por diversão

chuta cachorro morto


ele é ela

Vídeo e edição por: @3ternize

 Certa vez disseram que minhas reflexões tinham mais eu do que poesia. Então, me despi de mim me vestindo de poesia. Voei, Voei, e por onde eu fui, sendo somente poesia, me vi. Retornei ao solo, me despindo da poesia, me vestindo de mim. Pois quando eu sou eu, vejo poesia e quando sou poesia, me vejo. Eu estava nela e ela em mim, eramos duas matérias ocupando o mesmo espaço. Me ser é sentimento e sentimento é poesia, olhar pro outro é também me ver. E de tanto vestir e despir, eu já não sabia mais qual era minha roupa, dava no mesmo, tudo era a mesma coisa, os mesmos retalhos da mesma colcha. Tapei os ouvidos e parei de escrever com base em vãs opiniões, só pro universo abri meus portões, e me deu as conclusões, de que pelo caminho apontados pra mim, haverão mais dedos que olhar.


segunda-feira, 6 de junho de 2022

Fruturos - Tempos Amazônicos


 Nessa publicação, quero compartilhar um presente que ganhei da fotógrafa Ana Vieira, onde fui convidado à conhecer uma exposição maravilhosa no Museu do Amanhã, localizado na Praça Mauá, Centro do rio de janeiro. A exposição Fruturos - Tempos Amazônicos, traz a diversidade da riqueza florestal amazônica e a conscientização do que ainda temos dela, que dividida nos setores: tempos amazônicos; amazônia milenar; amazônia secular; amazônia acelerada; #somosamazonia e amazônias possíveis.

 Contudo, a conclusão é a de que tal riqueza acrescenta de forma essencial à nossa economia nacional(já que boa parte desta floresta está no Brasil), mas como o ser humano é ganancioso, sua ambição não se contenta com a suficiência que a mãe natureza dá e a afobação não tem permitido a paciência de colher os frutos dela, e de forma que a curto prazo, eles têm extraído de forma ilegal e nociva em curto prazo esses bens.

 Pudera eu ter um melhor dispositivo com bastante memória e qualidade de resolução para trazer um melhor material desta experiência fascinante que absorvi, mas é singelamente de coração que trago essa conexão com o que é sagrado e tem sido deturpado pelo homem por todos esses anos. Espero que sintam a energia que pude captar dessa exposição magnifica que já está nos 45 do 2° tempo e se encerra no dia 12/06.


 Nota da Fotógrafa:


 Registrar esse momento é ter a possibilidade de conduzir e construir uma experiência também em conjunto, pois todo conhecimento é cultura e precisa ser cultivada, assim como a consciência de que não é à toa que ensinamos aos nossos filhos a grandiosidade e a importância da "Mãe Natureza", preservando-a e respeitando os ensinamentos dos povos originários, que são de fato a essência Brasileira, os chamados Silva (assim como eu) que tem origem na palavra "Selva", você sabia? Pois assim os invasores "descobridores/colonizadores" passaram a identificar os verdadeiros moradores e donos das terras daqui. 

 O índio guerreiro e genuíno sul-americano virou assim apenas um "selvagem", que até hoje estão distantes culturalmente da "nação" que o Brasil se transformou. 

 Por fim, queria eu não precisar usar tantas aspas, mas infelizmente ainda creio que não sabemos da nossa verdadeira história e com quem devemos aprender e desenvolver a sabedoria necessária para cuidar das nossas riquezas.

 Trabalhos como essa exposição e tantas outras são como janelas de conhecimento, que nos permitem a reconexão com a essência do nosso país que merece ser transmitido e exibido em toda parte para que mais novos brasileiros conheçam o Brasil original, que existe muito antes de assim ser nomeado também.

Ana Vieira -





  
  


segunda-feira, 30 de maio de 2022

terça-feira, 24 de maio de 2022

retrovisor


Graças a certos pesos na consciência, nos permitimos observar onde precisa melhoria. Só olhando pros nossos próprios atos, podemos trocar as nossas marchas, quando é subida, quando é descida ou quando é ré. Já que recuar quando necessário também é ação, sendo às vezes até a melhor estratégia em avenidas de muito movimento. Não é sobre culpas ou condenações impostas por outra(s) consciência(s), afim de que por via delas nos inferiorize, tirando a nossa razão, nem sobre se lastimar ou martirizar, mas sobre abrir um campo de visão, que permita antes de mudar o mundo, mudar à si. Pois não tem como saber o que é um acerto, sem antes errar, nem o que é erro, sem acertar, assim como a luz faz a sombra. Mas tem sido mais fácil olhar pro outro, na intenção de mudança ou imposição da própria verdade como absoluta, ignorando outras verdades sendo boa parte hipócrita, justificando os próprios defeitos como características a serem aceitas. Quando somente pelo retrovisor da própria consciência, enxergamos nós mesmos nossas infrações, não por rudes acusações dos pardais, que têm fiscalizado o que é bondade ou não, lançando suas multas por aí, mas pela forma correta de criar uma onda significativa que conduza à real mudança, pois mais eficaz que concelhos e críticas, é o bom exemplo.


quarta-feira, 18 de maio de 2022

terça-feira, 17 de maio de 2022

ácidos



meus versos

não vão deixar

de serem ácidos

por corroerem

olhos sensíveis


remédio

se Deus é o remédio

em volta vai ter doente

então não crie

expectativa em cima

de religião ou sacerdotes

pois todos somos falhos


domingo, 8 de maio de 2022

Mamãe Querida


mãe nem sempre amamenta

mas toda dor ela aguenta

desde o romper da placenta

até quando pro mundo o filho vai


de tal missão não se isenta

nem nas horas de tormenta

é quem os medos afugenta

quando a noite cai


seja de sangue ou adoção

chia a panela de pressão

que nem sempre cozinha só feijão

assim como mãe também sabe ser pai


só dar a luz não nomeia mãe não

mãe mesmo gera no coração

a mais importante gestação

de onde o filho verdadeiramente sai


sábado, 7 de maio de 2022

7k


 Dizem que sete é o número da perfeição, só é uma pena eu não ser, e pudera ao menos parecer. Mas imperfeito ou não, até aqui eu cheguei, firme sempre, forte às vezes. Nem um pouco politicamente correto e não me surpreenderia qualquer dia um cancelamento por alguma fala ou ação. Já dizia Pitty "Eu sou uma contradição e foge da minha mão fazer com que tudo que eu digo faça algum sentido...", e é o que eu sou, uma contradição de constante mudança desde que eu nasci.

 Sou um bissexual cristão, um conservador depravado, um intelectual rebelde, um romântico safado, um gentleman favelado, o bom exemplo das ovelhas negras... Eu nunca tive um polo, "me ser" nunca foi um polo. Só o que sei é de onde eu venho e para onde eu vou, e o que mear isso, desconheço. Eu já queria falar sobre esse assunto "perfeição", e o número 7 foi a deixa para esclarecer algumas coisas sobre a personalidade de quem vos escreve aqui, e antes de qualquer outra projeção criada dessa imagem de quem aqui posta, quero desfragmentar toda a alusão do que sou.

 Sou suburbano da avenida suburbana, na zona morte do hell de janeiro, cidade maravilhosamente caótica. Nem sempre pago as passagens dos transportes públicos e dessa forma reavejo alguns trocados que me foram me roubados pelo governo. Às vezes eu picho algumas paredes com poesia, acho que tenho que compensar as siglas de facção criminosa já pichadas. Sou de bater boca com quem expõe naturalmente um pensamento preconceituoso e quadrado. Nem sempre eu sou um doce ou receptivamente bem humorado...

 E poderia eu aqui estar cavando a cova social do belo semideus que não ressuscitaria, como o verdadeiro Deus que veio à uns dois mil anos atrás em forma humana e assim fez, ou quem sabe, abrindo as portas do cancelamento e desmoronando toda a estrutura e caracterização de minha imagem aqui construída. Porém o 7 pra mim, não significa somente a simbologia da perfeição, como afirmou Pitágoras por volta de 500 a.c., mas também um portal de passagem do conhecido para o desconhecido. E é com toda honestidade que clamo o 8, mas jamais com maquiagens e mentiras, como costuma-se ver nas mídias sociais dos influencers consagrados. Pois eu mesmo, não passo de um mero mortal humano, que de sagrado não tem o sangue, mas sim o suor que tenho derramado pra levar minha diversidade poética e reflexiva nessa rede que vem sendo corrompida com egoísmos e futilidades.

 Gratidão aos 7k, que têm até aqui permitido tal arte passar por seu feed, alcançando a admiração e o toque em almas. Obrigracias!

sábado, 9 de abril de 2022

leitura dos jogos


 O jogo do sexo é fácil. Consiste só em querer, ocultando o que se quer dando apenas o entender, sem demonstrar a sede, usando a dualidade e o desafio pra chegar onde quer. Mas o jogo do amor é complexo. Não tem meio termo, nem deixa dúvidas. Ou perde, ou ganha, não tem muita estratégia ou subintenção, pede clareza, verbalização, decisão, declaração. Mas o que nem todo mundo entende, é que nenhum dos jogos são ilegais. Não é errado jogar, errado é trapacear e jogar sujo. Pois só quem aprendeu perdendo, sabe o que é um jogo e tem a escolha de apostar ou não, entendendo que é mais lícito arriscar alguma carta, antes de só ir chorando pra casa e compor mais uma poesia triste. Jogos aguçam a experiência, rendem texto e enriquecem o poema, a questão somente é jogar limpo e saber também perder. Então começa-se a entender, que a carta da escassez é maior que a carta da culpa, que a técnica das flores atrai as borboletas, que o desapego também gera valor, que friendzone também existe, que afeto demais sufoca, que silêncio é resposta e que vence o jogo quem joga com o naipe de "copas" e não com o de "paus".


quinta-feira, 31 de março de 2022

Tal Pele


a pele distrai, os olhares atrai
se insinua, conquista, seduz, trai
te leva, te trás, abraça e repele
cada uma seu próprio feromônio expele
a preta, a branca, a colorida
é forte, e sozinha cicatriza a ferida
no toque certo arrepia
nua não se espia
gera polêmica, dá audiência
vicia, causa dependência
ilude, excita, instiga
lambe, degusta, mastiga
é a sobremesa preferida
a iguaria mais vendida

quarta-feira, 23 de março de 2022

Sorvete



 Tomar um sorvete
só ver-te
sem colete
nem capacete
desprotegido de arriscar

 Trocar uma ideia
sem plateia
esperando a estreia
do beijo rolar

Sem nenhuma pressão
ou talvez em outra ocasião
e eu já tenho o não
antes da boca falar.


terça-feira, 22 de março de 2022

Frasco



 amor não é o teor, é o recipiente

não é o conteúdo, mas o que contém


Conexões


agora vai esperar
ninguém mandou demorar
quem responde na velocidade
é quem tem prioridade

intensas relações
é a era da tecnologia
quantas as conexões
quase nenhuma sintonia

quem estamos valorizando?
se é acerto ou é cilada
gente toxica de plantão

tá sobrando e tá faltando
quanta gente acompanhada
quanto desafeto e solidão