"Ban"

 Lidar com qualquer tipo de relação, exige saúde mental, mesmo quando, o que adoece a mente é a própria relação. Mas existe uma opção chamada "banimento", e devemos aprender a escolhê-la, quando os valores do nosso ciclo e o que respeitamos são afetados. Ressentimentos à parte, mas assim como as ondas de rádio, relações devem se sintonizar, caso contrário, a perda do sinal é livre. E que para bom entendedor, um pingo seja mesmo letra, pois dependendo do que emitimos, a recepção pode não ter sido clara, ou clara até demais, a ponto de ferir o que não é um objeto de antena, mas um coração. Além do fato, de falas tóxicas ou atos, terem suficientemente força para repercutir pelo universo, e desencadearem gatilhos infinitos, as más experiências jamais devem ser uma barreira para novos ciclos. Por que nem tudo está perdido e ainda há quem preste.

Intuição ou Pré-conceito?

Com quantas caras já fomos, e nos decepcionamos? Assim como, com quantas caras não fomos, e nos surpreendemos? O que tem dentro das pessoas não vem escrito na testa, muito pelo contrário, vivemos num mundo onde, pessoas boas escondem suas benignidades de oportunistas, e pessoas más, fingem ser boas para tirar proveito de quem se aproxima. E as aparências podem até constatarem uma opinião, mas opinar sobre aparência, não deixa de ser um pré-julgamento. A clara evidência, é que maioria acha que tem o dom da clarevidência, sabendo quando alguém presta ou não, só de bater o olho, mas na verdade, esta é a merda de uma muleta pros pré-conceitos escondidos. Quantos intuitivos existem por aí, e às vezes também até um pecado meu, relacionar algum trejeito, postura ou fala, à alguma outra característica de alguém que tenha me decepcionado. Pude sentir a hipocrisia pelos meus dedos no momento em que comecei este texto, mas substituí a terceira pessoa do singular, pela primeira do plural, pois sei que boa parte dos nossos defeitos, vêm junto da nossa criação e vivência com a sociedade, e no possível, tento regrar meu olhar diariamente, para não cometer injustiça. E afinal, onde nos encaixamos melhor, com os preconceituados ou com os preconceituosos?

Jacaré

 Como ninguém virou jacaré até agora, então é minha vez de tomar a primeira dose da vacina. Brincadeiras a parte, até por que a grande ironia é eu morar num lugar chamado Jacaré! Mas você deve estar pensando "Só agora tomou a vacina?", e sim, só agora. E não foi por falta de suporte no meu bairro, ou falta de tempo, eu somente não quis. Então continuei seguindo os protocolos, usando bastante máscara, álcool em gel e vivendo minha vida bem caseiro como sempre. E eu até costumava dizer que o mundo foi forçado a viver o mesmo estilo de vida que eu, isolado, só que no meu caso era por gosto e escolha própria. Porém não é de isolamento que vim falar aqui, e sim do nosso livre direito de questionar o que quisermos. Até por que isso é filosofia, questionar tudo, inclusive a própria existência. E é pelo amor à sabedoria, que faço a minha escolha.

Mesmo sabendo da história da revolta da vacina e o quanto isso prejudicou a própria população, fiz minha escolha de esperar, obvio que pondo a minha conta em risco, e não era a conta do insta. Mas como milhares de brasileiros, também tive meu pé atrás, que abrangia um monte de outras questões: governo; teorias; pressa das formulas imunológicas; crises econômicas... Além do mais, se vacina fosse obrigatória como foi um dia, a mais de cem anos atrás, que a brigada sanitária invadia as casas e os opositores eram penalizados, aí que ninguém ia querer vacinar mesmo, assim como o voto, que é obrigatório em nosso país, porém poucos tem o prazer de ir às urnas, eleger mais um ladrão. Pois querendo ou não, tudo é um direito democrático de escolha.

E se antes o governo obrigava se vacinar, hoje ele dificulta se vacinar. E essa foi uma das questões que me fez vacinar logo, antes que não haja mais vacinação da primeira dose, já que atualmente, os prioritários da vacinação ainda esperam a terceira dose que carece nos postos. Mas também confesso que não foi só isso que me fez querer vacinar. E por mais que eu viva uma vida sem muitos rolês, pensar que não vou poder ir no cinema, nem visitar a balada ou um show, sem me vacinar, me fez analisar melhor tudo. E vacinei. Então desde já, obrigado ao #SUS, por que sem ele, com certeza, nosso líder muquirana ia querer cobrar umas quinhentas pila de cada brasileiro, por dose.

De que adianta, Se falta?

 De que adianta o Rei na barriga,

Se falta Deus no Coração?

Velha Criança

De crianças é como o céu é feito,

Lá não há adulto que entre.

Para se despir do preconceito,

Não se precisa retornar ao ventre.

Uma coisa é a imatura infantilidade,

Outra totalmente diferente é ser criança.

Ser criança não se mede por idade,

E até a meia-idade entra na dança.

Consiste no ainda brincar e sorrir,

E não desistir depois das quedas,

Independente de qualquer problema.

É todos os erros assumir,

Mesmo fazendo algumas merdas,

E tudo virar um grande poema.

A Questão, é Fazer Questão, e eu Não Faço Mais Nenhuma...

Antes de me importar tanto, uma chance tem que ter sido dada para que alguém me cause o interesse. E depois que o interesse desperto, uma corda deve ser dada para que ele se mantenha. E nestas cordas dadas, tantas vidas amarradas, se entrelaçam também ilusões. Ilusões num self-service e tantos outros ilusionados, satisfeitos com o engano. Ilusões que não precisam que o ilusionista iluda para que se forme a fantasia, na cabeça de quem não entendeu o jogo da auto-ilusão. Jogo onde a melhor carta é o desapego, pois ter como posse ou pertence aquilo que parece seu, no fim é resultante de frustração. Proveito mesmo, tira quem se diverte e tem tudo como um esporte, não que seja um erro total, já que maior porcentagem da invenção, é de quem a criou, e não de quem a alimentou, mas empatia e transparência mandam lembranças ao que ensaia a cena de isenção.