Com quantas caras já fomos, e nos decepcionamos? Assim como, com quantas caras não fomos, e nos surpreendemos? O que tem dentro das pessoas não vem escrito na testa, muito pelo contrário, vivemos num mundo onde, pessoas boas escondem suas benignidades de oportunistas, e pessoas más, fingem ser boas para tirar proveito de quem se aproxima. E as aparências podem até constatarem uma opinião, mas opinar sobre aparência, não deixa de ser um pré-julgamento. A clara evidência, é que maioria acha que tem o dom da clarevidência, sabendo quando alguém presta ou não, só de bater o olho, mas na verdade, esta é a merda de uma muleta pros pré-conceitos escondidos. Quantos intuitivos existem por aí, e às vezes também até um pecado meu, relacionar algum trejeito, postura ou fala, à alguma outra característica de alguém que tenha me decepcionado. Pude sentir a hipocrisia pelos meus dedos no momento em que comecei este texto, mas substituí a terceira pessoa do singular, pela primeira do plural, pois sei que boa parte dos nossos defeitos, vêm junto da nossa criação e vivência com a sociedade, e no possível, tento regrar meu olhar diariamente, para não cometer injustiça. E afinal, onde nos encaixamos melhor, com os preconceituados ou com os preconceituosos?