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domingo, 2 de setembro de 2018

Calada |Parte 2|

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Eu poderia tirar fotos nossas e mandar pr'aquela. Numa ligação contar quem eu era. Até mesmo fazer uma surpresa no dia em que fosse visitá-la. Daí ele ficaria só mesmo e sem a quem recorrer, me chamaria então para desabafar, usar os ombros, colo e o que mais precisasse. Mas eu não seria capaz de magoar quem amo, ferir o coração de quem me fere sem propósito. Já que eu quem quis ficar, eu quem suporte!

E serei forte, uso as armas boas, não de muito pronto resultado, mas que não deixarão que pese minha consciência e abrirão eficazmente meu espaço no coração. Tenho pouco mais de um terço dele, pouco mais que um terço da casa e se aquela fosse mais significante, teria as totais porcentagens em seu domínio. Por isso tal esperança permanece acesa.

Me restam os terços, das terças às quintas, e aproveitando sua ausência do fim de semana, chamei o frete, trouxe as coisas. Nosso lar no fim era o mesmo um do outro. Muita coisa evoluiu após, mas algo ainda fedia naquela Dinamarca. Consultei o que eu ainda tinha acesso e tirei a prova dos nove. Eles reatavam, e eu atada, calada, nada podendo fazer, ainda assim era nociva, uma kryptonita ameaçadora pr'aquela relação.

CONTINUA...