É o monstro amor, esse que você foge. Mostro o monstro amor, demonstro e você corre.
Esse que rima com terror, que de pavor você morre. Mas quando ele se for, peço que não chore.
Te assusta esse amor, mas não se apavore. E ainda que traga dor, espero que não ignore.
Não tem sexo, não tem cor, nem doutrina que reprove. Resistente ao que se impor, não se funde, nem dissolve.
Não se rende o amor, nem à mira do revólver. E se o ódio se impor, mais o amor se desenvolve.
Demonstro o monstro Amor, mostro o que me move. É o que se tem de mais valor, se dá e se devolve.