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sábado, 27 de outubro de 2018

Interno


aqui não há orgulho
muito menos barulho
nem regalo ou embrulho
dessa solidão que mergulho
nas lágrimas o debulho
só silêncio e entulho

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Amém


Por ter me feito ser obrigado a suportar toda aquela sua tardia adolescência, toda aquela juventude inconsequente, hoje que queres pousar, repousar, descanso, não estarei. Antes que haviam colhões pra aturar e purificar, toda aquela sacanagem com a minha cara, em amor. E hoje que quer o afago, o conforto de costume, infelizmente nem que eu me force, posso até cair no desejo da carne, mas logo me satisfaço e já levanto. Tanto pedi ao Pai que me livrasse do mal, que assim foi o amém.




sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Chove o Tempo

Refletindo minhas lágrimas
No telhado chove forte
Se abrindo vão as lástimas
Mas não o céu, sem sorte.

Manhãs e noites na gaveta
Brisa de alegria passageira
Enquanto na ampulheta
Escorre decepções de areia.

O céu como limite
Para aquele que não desiste
E nem é uma opção desistir.

Já que na amizade e no amor
Toda solidão eleva seu valor
Cabe-lhe apenas se permitir.

Por: Wallace Oliveira


segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Um Canto

Na onda vibracional um canto,
Com tons de alma e sentimento.
Vezes com riso, outras com pranto,
Pra trazer você, canto ao vento.

Canto pra que escute,
Independente de estar longe,
Que as notas repercute,
Em seu silêncio de monge.

Nas ondas do mar o submerja
Nas ondas do som o atrair
Se perdendo na correnteza

Como a Iara à conduzir
Sem que o pirata veja
O som do Oceano o engolir.



quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Calada |Parte 3|

3/3

Ele num boomerang com aquela, que não fodia e nem saía de cima. E eu sem dar início aos meus planos, arrastada por este amor. Contudo entendi que era para eu ir, e mais uma vez, separei minhas mobílias das dele. Nada eu podia fazer, fugiu de minhas mãos qualquer controle daquilo.

Me vi perdida de novo, mas numa luz de um amigo, tive um conselho que começou a dar resultado. Não eram truques baixos, nem arma alguma, apenas atitude pr'uma retomada de rédeas da situação. Ainda que me doesse não responder, quando me procurasse pra acolher, a escacez era necessária. Eu tinha minha vida. Ainda que pesassem as estruturas de parecer tudo bem não estando, era preciso.


Já que silenciada eu fui antes, como não pude perceber esse segredo de que calada eu deveria permanecer. Eu era dele mas muito mais minha. Infelizmente só ele me satisfazia, e muito era recíproco isso, porém eu deveria lhe negar meu calor. E me retendo em conta-gotas, foi notada minha ausência.

E o que parecia uma pequena luz de um concelho, acabara se tornando um sol. Já não era eu maior parte das vezes quem procurava, e se eu quisesse reatar, que desta vez pela última, pra não mais ir. E assim foi. Retomar meus domínios ali, era abrir aqueles olhos e fazer enxergar, que o amor que ele sentia não era por alguém, mas por algo. E esse algo eram momentos, bons, mas que passaram e agora novos viriam.


FIM.



terça-feira, 9 de outubro de 2018

Era das Trevas


Era das Trevas
Geração Egoísta
Nação da Vaidade
Em Torno, Narcisista
À si Mente a Verdade
Século do Retrocesso
Tempo de Resguardo
Lixo em Excesso
Só Princípios Guardo
Refém da Poluição
Minoria com Valores
Embaçando a Visão
Temendo Opressores.



domingo, 7 de outubro de 2018

Denso


Tão somente como o óleo, não se diluindo nem misturando. Aquele que invariavelmente unindo-se aos de sua mesma densidade, não se auto corroendo na ferrugem da vaidade.