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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Trago

Trago abraços, mas também algumas mágoas. Trago perdões nos bolsos, porém também lembranças na mala. Nem todos os erros merecem perdão, mas todos os nobres merecem perdoar. Trago aqui, o presente que ganhei, e o guardo até hoje, porém também trago aqui, o passado que cansei, lugar onde já não se pode mais acertar. Até quando perdoar? Até quando permitir que se erre é a resposta. Apartai. Infelizmente. Perdões não silenciam ecos de berros, e recebê-los pode não significar uma aproximação. Lhe trago a remissão, mas traguei o que é toxina e não me permite esquecer.