quinta-feira, 19 de setembro de 2019
Pode Ficar Pra Você
Quê tu pensa que vim buscar? Utensílio, capital, objeto, dinheiro? Quero é o que tem valor, e não é nada palpável de por nos bolsos. Não quero o que está na estante, nem mesa ou prateleira, vim buscar o que está dentro dos olhos, na ponta da língua, na leveza do toque. Não vim buscar a roupa, nem calçado, nada de vestir, vim buscar o de preencher, de satisfazer de dentro pra fora, de arrebatar aqui e agora, o perecível toda hora.
Sobremesa Vingança
Bem sei que ela dá fome, e sua sede ela mata. Se é um prato que se come frio, bem é como uma sobremesa apetitosa que a boca se enche d'água. A barriga cheia indefere de toda adefagia, para essa gana não há satisfação. Contra o seu sabor ninguém pode falar, mas ao preço que se paga sim, pois quem a comete, faz colher por conta própria, derrubando também suas sementes, levando parte na colheita. Vingança, ela que nunca foi de meu feitio, tenho aversão por me igualar ao que erra, mas abertas serão as exceções, se a chance do acerto for dada e meu perdão for pisado, como um pão amassado do diabo. E estarão à seu critério as medidas, na conformidade de seus novos erros.
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