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quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Sobremesa Vingança



Bem sei que ela dá fome, e sua sede ela mata. Se é um prato que se come frio, bem é como uma sobremesa apetitosa que a boca se enche d'água. A barriga cheia indefere de toda adefagia, para essa gana não há satisfação. Contra o seu sabor ninguém pode falar, mas ao preço que se paga sim, pois quem a comete, faz colher por conta própria, derrubando também suas sementes, levando parte na colheita. Vingança, ela que nunca foi de meu feitio, tenho aversão por me igualar ao que erra, mas abertas serão as exceções, se a chance do acerto for dada e meu perdão for pisado, como um pão amassado do diabo. E estarão à seu critério as medidas, na conformidade de seus novos erros.