vai ter trabalho pra esquecer
pra ocupar meus espaços
enquanto me procurar e não ter
enquanto forçar outros laços
procurando alguém pra aquecer
se abrigando em aleatórios abraços
mas a perda não vai parar de doer
pois amores são escassos
vai ter trabalho pra esquecer
pra ocupar meus espaços
enquanto me procurar e não ter
enquanto forçar outros laços
procurando alguém pra aquecer
se abrigando em aleatórios abraços
mas a perda não vai parar de doer
pois amores são escassos
Saudade do tempo em que não nos sentíamos humilhados por estar demostrando o que de verdade estava no coração.
Saudade do tempo em que a tecnologia não era capaz de apagar as relações reais e nem os afetos que cada um tinha pelo outro.
Saudade do tempo em que não era um erro declarar os sentimentos e contar o que estava roubando os pensamentos.
Saudade do tempo em que a amizade era a base das relações, onde sexo nem passava pela cabeça, quem dirá sem valor.
Saudade do tempo em que a gente sabia que o tempo corria depressa, mas também entendia cada segundo como oportunidade.
Parece que ganhei mais um livro dela. Essa sabe me dar presente! Já me deu Paulo Coelho, Clarice, Machado de Assis... E olha que nem precisava me dar presente, já que ainda estamos no mês das mães e ela quem merece ganhar. Inclusive ela é o presente, já que desde o ano passado está lutando contra o câncer, se mostrando uma verdadeira guerreira(por sinal mais forte até que eu).
Nunca toquei neste assunto aqui, pela crença de que nem sempre devemos expor nossas conquistas, danos ou almejos, mesmo nesta era tecnológica em que tudo se expõe na rede-social. Às vezes compartilho alguns stories, mostro um pouco do meu dia, tento me comunicar mais com o seguidor, mas sempre gostei de viver a minha vida no off, o contrário de alguns digitais influencers que talvez estariam se valendo desta situação para se promover ou algo assim(deve ser por isso que não fiquei rico e nem famoso ainda nisso aqui até hoje). Porém, este pequeno texto serve como forma de agradecimento à Deus e ela por tudo, já que nem todo LGBT+, nem todo artista, tem o apoio dos pais em suas escolhas.
Ganhei um dos livros mais importantes do período cultural renascentista. O Príncipe, de Nicolau Maquiavel, irônicamente dado pela minha rainha, é quase uma mentoria que ascende os provérbios soltos que eu já tinha do autor, mas nunca tive o prazer de lê-lo por completo. Até que no retorno de um dos tratamentos de quimioterapia em que acompanhei minha mãe, pelo caminho passamos por uma livraria de pátio(também uma editora) que roubou a minha atenção com a estátua do florentino na capa do livro, me fazendo parar para apreciá-lo. E enquanto o folheava, ela surge e pergunta: "Quer ele pra você?"
estou cansado de me doar
eu não quero mais me entregar
você está me desgastando
todo momento aos poucos
será que está certo?
será que é isso que mereço?
estou sempre me dando ao máximo
e recebo apenas migalhas
quer saber?
quero que seu resto de amor, se foda!
quero que tudo isso que chama de amor, se foda
e vão para longe de mim
mesmo que eu te ame
não quero ser torturado por você
me deixe em paz, me dê um tempo
tudo que tem em você, eu já não quero
nem seu abraço, sorriso ou beijo
quero é minha liberdade
recuperar minha sanidade
coisa que na verdade
nem um pouco você tem
quero de volta minha alegria
não creio mais na hipocrisia
chega da mesma putaria
não serei de novo refém
uma hora a gente cansa
não quer mais entrar na dança
sei lá, perde a esperança
que alimenta com o tempo
perde também todo medo
não se entrega mais tão cedo
cansa de ser o brinquedo
enquanto cria sentimento